$1873
cartela bingo rosa,Viva a Maior Festa de Jogos Online com a Hostess, Onde Competição, Diversão e Entretenimento Se Encontram para Criar Experiências Únicas e Memoráveis..A despeito dos cuidados do primeiro editor das ''Rimas'', Fernão Rodrigues Lobo Soropita, na edição de 1595 foram incluídos alguns poemas apócrifos. Muitos poemas foram sendo descobertos ao longo dos séculos seguintes e a ele atribuídos, mas nem sempre com uma análise crítica cuidadosa. O resultado foi que, por exemplo, enquanto nas ''Rimas'' originais havia 65 sonetos, na edição de 1861 de Juromenha havia 352; na edição de 1953 de Álvaro Júlio da Costa Pimpão, que expurgou muitos dos poemas camonianos, ainda eram listadas 166 peças. Além disso, muitas edições modernizaram ou "embelezaram" o texto original, prática acentuada em particular depois da edição de 1685–1689 de Manuel de Faria e Sousa, fazendo nascer e enraizar uma tradição própria sobre esta lição alterada que causou enormes dificuldades para o estudo crítico. Estudos mais científicos só começaram a ser empreendidos no final do século XIX, com a contribuição de Wilhelm Storck e Carolina Michaelis de Vasconcelos, que descartaram diversas composições apócrifas. No início do século XX os trabalhos continuaram com José Maria Rodrigues e Afonso Lopes Vieira, que publicaram em 1932 as ''Rimas'' numa edição que chamaram de "crítica", embora não merecesse o nome: adotou largas partes da lição de Faria e Sousa, mas os editores alegaram ter usado as edições originais, de 1595 e 1598. Por outro lado, levantaram definitivamente a questão da fraude textual que vinha se perpetuando há muito tempo e havia adulterado os poemas a ponto de se tornarem irreconhecíveis. Um exemplo basta:,Porém, mesmo à sua própria custa, fica evidente que seu intento não foi apenas ''glorificar'' os portugueses, mas sim ''divinizá-los'', seja celebrando os seus feitos positivos, seja corrigindo o seu mau comportamento. ''Os Lusíadas'' é, assim, não só história e apologia, não só ''"engenho e arte"'', mas uma crítica de costumes, um ditado ético, um complexo e por vezes contraditório programa político, e uma promessa de futuro melhor, um futuro que jamais foi sonhado para qualquer povo. No poema, grandes figuras da Antiguidade aparecem ofuscadas diante do que realizaram e realizariam os varões de Portugal. Os portugueses tornar-se-ão divinos não só pela fortaleza de ânimo, pela coragem física diante do inimigo, mas pelo exercício das mais altas virtudes. Para Camões os lusos estavam destinados a substituir a fama dos Antigos porque as suas proezas os excediam. Nem a veneração à Antiguidade que o poeta nutria foi capaz de sobrepujar a sua conceção dos portugueses como heróis sublimes:.
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